As infecções respiratórias fazem parte das doenças mais comuns no mundo, afetando o sistema responsável por uma das funções vitais do organismo: a respiração. Elas podem acometer desde as vias aéreas superiores (como nariz e garganta) até as inferiores (como brônquios e pulmões), variando de um simples resfriado até quadros graves como pneumonia.

✅ O que é uma infecção respiratória?
Infecção respiratória é o termo utilizado para descrever qualquer infecção causada por agentes patogênicos (vírus, bactérias, fungos ou parasitas) que acomete as estruturas do trato respiratório.
O trato respiratório pode ser dividido em:
- Vias aéreas superiores: cavidade nasal, faringe, laringe e seios paranasais.
- Vias aéreas inferiores: traqueia, brônquios, bronquíolos e alvéolos pulmonares.
A depender da localização, causa e resposta imune do organismo, os sintomas e a gravidade podem variar significativamente.
🔍 Classificação das infecções respiratórias
As infecções respiratórias são classificadas em agudas ou crônicas e também em altas (superiores) ou baixas (inferiores):
1. Infecções Respiratórias Superiores (IRAS)
São as mais frequentes, especialmente em crianças e ambientes fechados. Exemplos:
- Resfriado comum (rinovírus)
- Faringite (vírus ou estreptococos)
- Sinusite
- Amigdalite
- Laringite
2. Infecções Respiratórias Inferiores (IRAB)
Mais graves, podem levar a hospitalização e óbito. Exemplos:
- Bronquite aguda
- Pneumonia
- Bronquiolite
- Tuberculose pulmonar
- COVID-19 (causada pelo SARS-CoV-2)
🦠 Agentes causadores
Os principais patógenos envolvidos nas infecções respiratórias incluem:
Vírus:
- Rinovírus (resfriado comum)
- Coronavírus (SARS, MERS, COVID-19)
- Vírus Influenza (gripe)
- Vírus sincicial respiratório (VSR)
- Adenovírus
- Parainfluenza
Bactérias:
- Streptococcus pneumoniae
- Haemophilus influenzae
- Mycoplasma pneumoniae
- Chlamydia pneumoniae
- Staphylococcus aureus
Fungos (mais raros):
- Aspergillus fumigatus
- Histoplasma capsulatum
- Cryptococcus neoformans
⚠️ Fatores de risco
Algumas condições favorecem o aparecimento de infecções respiratórias:
- Baixa imunidade (ex: crianças, idosos, imunodeprimidos)
- Tabagismo
- Poluição do ar
- Ambientes fechados e mal ventilados
- Clima frio
- Doenças pulmonares crônicas (asma, DPOC)
- Uso de corticoides ou imunossupressores
🤧 Principais sintomas
Os sintomas variam conforme o agente e o local da infecção. Entre os mais comuns estão:
- Coriza (nariz escorrendo)
- Tosse (seca ou produtiva)
- Dor de garganta
- Febre
- Rouquidão
- Dor torácica
- Dificuldade para respirar (dispneia)
- Chiado no peito
- Mal-estar geral
- Cefaleia (dor de cabeça)
- Secreção purulenta nasal ou brônquica
Na pneumonia, podem aparecer sintomas mais severos como febre alta, calafrios, dor torácica e respiração acelerada.
🧪 Diagnóstico
O diagnóstico é clínico, com base nos sintomas, mas pode ser confirmado com exames complementares:
- Hemograma (para avaliar infecção bacteriana ou viral)
- Raio-X de tórax (sobretudo em suspeita de pneumonia)
- PCR para vírus respiratórios (inclusive COVID-19)
- Cultura de escarro ou secreção nasal
- Exames de imagem (tomografia em casos mais graves)
- Oximetria de pulso (para avaliar oxigenação)
💊 Tratamento
O tratamento depende do agente causador e da gravidade do quadro.
Casos leves e virais:
- Hidratação
- Repouso
- Analgésicos e antitérmicos (paracetamol, dipirona)
- Descongestionantes nasais
- Lavagem nasal com soro fisiológico
Casos bacterianos:
- Antibióticos específicos (amoxicilina, azitromicina, cefalosporinas)
Em casos graves:
- Hospitalização
- Suporte com oxigênio
- Nebulização
- Corticoides (em alguns quadros)
- Antivirais (como oseltamivir para Influenza, quando indicados)
Importante: O uso de antibióticos só é indicado quando há comprovação ou forte suspeita de infecção bacteriana. Seu uso inadequado pode gerar resistência.
🛡️ Prevenção
A prevenção é essencial para reduzir a disseminação das infecções respiratórias, especialmente em surtos sazonais.
Principais medidas:
- Higienização das mãos com água e sabão ou álcool gel
- Uso de máscaras em ambientes fechados ou em contato com doentes
- Cobrir nariz e boca ao tossir ou espirrar
- Arejar os ambientes
- Vacinação (contra Influenza, COVID-19, pneumococo)
- Evitar contato próximo com pessoas doentes
- Boa alimentação e hidratação
- Não fumar
🧒 Infecções respiratórias em crianças
Crianças pequenas são muito vulneráveis às infecções respiratórias, especialmente as virais. A imaturidade do sistema imunológico e o convívio em creches são fatores que aumentam a incidência.
Sinais de alerta em crianças:
- Respiração rápida
- Gemência
- Batimento de asa nasal
- Sonolência excessiva
- Dificuldade para se alimentar
- Lábios ou extremidades arroxeadas
Esses sinais indicam a necessidade de procurar atendimento médico imediato.
🧓 Infecções em idosos e imunocomprometidos
Idosos e pessoas com doenças crônicas ou imunossupressoras têm maior risco de desenvolver formas graves das infecções respiratórias, como pneumonia e insuficiência respiratória.
Nesses casos, a vigilância deve ser intensificada, assim como a adesão ao calendário vacinal e medidas de prevenção rigorosas.
🤔 Quando procurar um médico?
Alguns sinais indicam gravidade e devem motivar atendimento médico urgente:
- Febre alta persistente
- Dificuldade respiratória
- Dor torácica
- Tosse com secreção purulenta
- Tosse com sangue (hemoptise)
- Confusão mental
- Cianose (coloração azulada de lábios e extremidades)
📌 Considerações finais
As infecções respiratórias representam um importante problema de saúde pública por sua alta incidência e capacidade de disseminação, especialmente em locais com grande aglomeração de pessoas. Elas podem ser causadas por vírus ou bactérias e se manifestam com sintomas variáveis, desde quadros leves até doenças pulmonares graves como pneumonia.
O diagnóstico correto, o tratamento adequado e a prevenção são as chaves para o controle dessas doenças. Estratégias simples como higienização das mãos, vacinação e ventilação dos ambientes têm um impacto direto na redução da transmissão.
Portanto, cuidar do sistema respiratório é fundamental para manter a saúde e evitar complicações. Caso os sintomas persistam ou se agravem, procure assistência médica. Quanto antes a intervenção, melhor o prognóstico.
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